sábado, 15 de outubro de 2011

Carta Aberta - Eternos Palestrinos




À NAÇÃO PALMEIRENSE

A Associação dos Eternos Palestrinos é um grupo composto por sócios da Sociedade Esportiva Palmeiras (SEP) e tem como principal objetivo a colaboração para o engrandecimento, profissionalização e modernização de nosso clube.

A atual realidade exige que diversas ações sejam implantadas de imediato ou que se iniciem os processos para que, em breve, outras possam se tornar realidade.

Desde a sua fundação (2010) até os dias atuais, a Associação teve tempo suficiente para conhecer minimamente a estrutura do clube através dos conselheiros eleitos, do apoio financeiro já concedido e dos contatos/reuniões realizados com ambas as gestões, já que nossa atuação é apartidária e não política. Além disso, entendemos que o diálogo é a melhor forma para encontrar soluções e caminhos seguros.

Em razão dos últimos fatos e também do que idealizamos para o futuro do nosso clube, a Associação dos Eternos Palestrinos vai atuar fortemente, em busca das metas a seguir indicadas no projeto que, certamente, só poderá ser atingido com o engajamento de todos, sócios e torcedores.

Como muitos já desconfiam, o Palmeiras vem apresentando ao longo de sua história, e principalmente nos últimos anos, uma acirrada disputa pelo poder por meio de grupos que se revezam. Há um continuísmo e um imobilismo que estão arraigados e será difícil qualquer gestão, por melhores que sejam suas intenções, conseguir mudar de forma rápida; pequenos feudos se formaram, assim, decisões nos órgãos administrativos internos, muitas vezes só têm objetivo de manutenção no poder.

Para piorar, existem aqueles que só querem tumultuar, plantam notícias, desestabilizam o elenco do time de futebol, criam atritos com a comissão técnica, e ainda se dizem palmeirenses! Isso está tornando o Palmeiras um clube cada vez menor, com prejuízos patrimoniais a todos os sócios, e desilusão aos torcedores.

Não bastassem estes focos internos, infelizmente, alguns setores da mídia, em busca de “furos” ou de promoção, aceitam e divulgam estas falsas notícias.

Estes fatos não refletem a imagem dos 13 milhões de torcedores espalhados pelo país. Por isso, é necessária a união de todos, a convergência de ideais e a aglutinação de forças.

Unidos os Eternos já demonstraram que são capazes de alterar a realidade dos fatos. Com apoio de outros grupos progressistas, com participação dos sócios do clube e dos torcedores, agregaremos um batalhão que não permitirá que vozes isoladas consigam tumultuar o clima e o ambiente do clube, nem que grupos políticos comandem o clube ao seu bel prazer.

Somos – os verdadeiros palmeirenses – milhões de pessoas que estão adormecidas deixando que vozes isoladas mantenham a situação. Uma minoria faz muito barulho, desestabiliza, e a maioria, desorganizada, fica inerte.

O Palmeiras está refém deste tipo de ação e isso não pode continuar.

Por isso, nossa luta – e esperamos de todos palmeirenses – será pelos três pontos para atuação incisiva:

1. Profissionalização dos departamentos de futebol e marketing.

O futebol moderno, envolvido em altas transações financeiras, interesses nem sempre éticos, relacionamentos com empresários profissionais, atletas cada vez mais cientes da vulnerabilidade dos clubes, interesses comerciais, cifras altíssimas de patrocínio, de televisão, etc., não pode ser administrado de forma amadora.

Não é admissível que estes setores continuem comandados por dirigentes que, por mais boa vontade e sucesso na vida profissional, trabalhem somente no tempo livre, haja vista as atividades pessoais. São áreas vitais para que o clube progrida.

O melhor momento da história do Palmeiras foi quando a administração do futebol estava com a Parmalat, porque havia um executivo cuidando do futebol, isso evita gastos com contratações esdrúxulas e comissões exorbitantes, verba que poderia ser canalizada para pagamento destes profissionais.

2. Atualização do estatuto: eleições diretas para presidente e reorganização da composição do conselho deliberativo.

A eleição direta se impõe. É um princípio democrático e participativo.

Hoje só podem concorrer à presidência associados que sejam conselheiros e que tenham cumprido dois mandatos (art. 113 do estatuto). Ou seja, o universo é muito restrito e não permite qualquer renovação: o candidato terá que estar, devido às datas das eleições, no mínimo, há dez anos no Conselho.

Não se justifica que doze mil associados sejam representados por 152 conselheiros eleitos (art.78) e mais até 148 vitalícios (art. 80) cabendo a estes todos os destinos do clube e a eleição do mandatário.

Este modelo faz com que os grupos que estão no Conselho há décadas comandem o sistema e se mantenham no poder por alianças ocasionais, com raros revezamentos que, quando ocorrem, são frutos de desavenças destes mesmos agrupamentos. Com isso, o Presidente fica refém destes grupos, pequenos ou grandes, e o Palmeiras fica em segundo plano.

Os clubes que adotaram a eleição direta estão flagrantemente em posição mais avançada que a nossa, são casos do Corinthians, Santos, Flamengo, Vasco da Gama e, paradoxalmente, em situação inversa, o São Paulo, que mudou o estatuto para permitir reeleições, a cargo do conselho e, seguramente, apresenta estagnação, ou o Cruzeiro administrado por uma mesma família há anos.

Mas os dirigentes precisam entender que não basta estar no poder. Os clubes mais bem sucedidos, em termos de mídia, de negócios e de marketing, adotaram estratégias de manter grupos de apoio ao Presidente (Santos e Corinthians), justamente pessoas ligadas às áreas sensíveis indicadas no item anterior.

Em relação ao Conselho Deliberativo, há de se repensar o papel do Conselheiro vitalício.

Embora possam integrar até metade do Conselho, não representam, necessariamente, a vontade do associado; muitos não se preocupam em resolver as questões do clube, mas sim interesses pessoais; alguns estão desatualizados desta nova forma de gerir o futebol; são os que freqüentemente estão na mídia tumultuando o ambiente; são os que, rotineiramente, conseguem se eleger para cargos da Diretoria.

Não conseguiremos modernizar o clube se não houver diminuição significativa do número de vitalícios (para não dizer a extinção num segundo momento).

Há uma contradição: se toda a concepção do estatuto é de eleição indireta, de modo que o associado seja representado, coletivamente, por meio do Conselho Deliberativo (art.77), não se sustenta a manutenção de metade do Conselho só por vitalícios.

O sócio outorga o voto para alguém representá-lo no Conselho, este voto não pode servir para que o mandatário se valha dele para indicar outro representante para o próprio Conselho e, também, para conseguir cargos na administração, exigíveis para se tornar vitalício.

Pior, para se tornar conselheiro vitalício, os requisitos exigem, além de tudo, a realização de alianças porque é necessário obter-se metade dos votos, conforme previsto no artigo 80,§1º, do estatuto. E mais, é preciso ser sócio benemérito, ou ter sido presidente, vice da Diretoria, do Conselho ou do COF (art. 80§2º, letras a e b) e, para ser sócio benemérito, é necessário, segundo o inciso I do art. 80§4º, ter 12 anos como associado e ainda: a) 3 mandatos como diretor de departamento ou 6 mandatos como diretor adjunto ou 2 como titular e dois como adjunto; b) 2 mandatos como membro do COF e c) 4 mandatos como conselheiro.

Ou seja, para se alcançar a condição de sócio benemérito e, via de conseqüência, se candidatar a conselheiro vitalício, é necessário estar nesse meio por vários períodos, já viciado com o sistema e apoiando-o em busca de atingir tais cargos e condições.


Com isso forma-se um círculo vicioso e são mantidas as pessoas ou os mesmos grupos no poder.

É preciso quebrar este elo. É preciso dar oportunidade a que o associado se manifeste e diga o que quer para o clube. Essa oportunidade não pode ser tolhida.

3. Defesa dos interesses do clube, esclarecimento da verdade ao associado e ao torcedor e responsabilização dos que atuarem contra o clube.

Como associado do clube precisamos exigir dos conselheiros e dirigentes, responsabilidade em seus atos.

Os Conselhos – Deliberativo e de Orientação e Fiscalização – atuam, às vezes, de forma política e sem técnica. Essa conduta representa sérios problemas à imagem do clube, com reflexos financeiros que atingem a todos nós sócios.

Isso é muito prejudicial à imagem do clube, ao patrimônio do sócio e a estima do torcedor.

A falta de cobrança permite que membros do COF e do CD atuem livremente, rejeitem contas, sem qualquer fundamentação.

A transparência das deliberações é a arma que os palmeirenses possuem para frear estas ações.

Cabe a todos nós fiscalizarmos e, quando verificarmos estas ocorrências, adotarmos medidas para coibir e exigir explicação, e até reparação de danos, sem prejuízo de medidas administrativas no próprio clube. Exigiremos uma atuação técnica.

Para atingir estes objetivos atuaremos, sempre em conjunto com os sócios e torcedores, e vamos:

1. Cobrar de forma permanente a diretoria por melhorias e profissionalização do clube.

2. Expor à comunidade palmeirense, rotineiramente, os principais fatos, verdades e contradições, toda vez que qualquer notícia tenha o simples interesse de desestabilizar o clube ou o time de futebol, via imprensa, redes sociais, site, comunicações eletrônicas, etc.

3. Organizar uma rede de contatos para que as idéias sejam difundidas: o interesse é de todos os palmeirenses e eles têm direito de se manifestar e acompanhar as atividades do clube e do time.

4. Instituir um boletim informativo àqueles que se cadastrarem e quiserem receber notícias.

5. Participar da mídia – séria e honesta – de forma mais agressiva, marcando presença deste pontos.

6. Aglutinar forças com os grupos progressistas.

7. Tentar instituir no Conselho Deliberativo um bloco que possa tomar medidas para amudança desta situação e apoiar a direção – seja qual for a ideologia política – nas medidas que engrandeçam nosso clube

É hora desta maioria se manifestar. Os torcedores precisam saber o que está ocorrendo, os sócios têm que entender a responsabilidade quando do voto, e exigirem mudanças. Os grupos progressistas precisam se unir; os conselheiros com visão de futuro precisam constituir um grupo suprapartidário de apoio a estas e outras idéias.

Teremos em breve um dos melhores estádios do mundo e um clube totalmente remodelado.

Não podemos deixar que a administração do clube não acompanhe esta evolução.

Não temos a pretensão de sermos os donos da verdade, mas temos certeza que o associado do clube e o torcedor estão precisando de uma voz para representá-los.

Junte-se a essa luta que é, na verdade, do Palmeiras.

Entre em contato e dê a sua opinião através do email eternospalestrinos@gmail.com ou contato@eternospalestrinos.com

Ou através dos telefones: (11) 3289 2014 ou (11) 7424 6931

SE PREFERIR FAÇA O DOWNLOAD DA CARTA CLICANDO NO LINK ABAIXO:


Vamos juntos mudar o Palmeiras.



terça-feira, 11 de outubro de 2011

A prioridade de Mustafá

PRENÚNCIO DE UM NOVO GOLPE

Por @LuizMousinho




No dia 08/10 foi publicado em jornais de grande circulação um Edital de Convocação para reunião ordinária do Conselho Deliberativo da Sociedade Esportiva Palmeiras, o qual reproduzo aqui abaixo.



Vejam que a convocação é para uma reunião ordinária, mas conforme o Estatuto Social, para deliberar sobre alteração estatutária, seria necessário uma reunião extraordinária. Portanto, esta reunião não poderá deliberar a aprovação de nenhuma solicitação de reforma estatutária.

Neste edital, chama ainda atenção o ponto f da ordem do dia:

f) Deliberar sobre sugestão recebida da comissão de estudos de reformas estatutárias dos seguintes projetos:

1º) Eleição de diretoria executiva através de pleito envolvendo a assembléia de sócios;

2º) Criação do comitê gestor para o futebol;

3º) Estudo da reforma do estatuto já concluído pela comissão, visto que há evidentes conflitos entre os dispositivos abordados, razão pela qual os três projetos devem ser apreciados de forma concomitante, acarretando uma reforma quase total do estatuto

Vamos então analisar profundamente este ponto f:


Observa-se que o edital inclui na ordem do dia que a deliberação proposta não é em relação aos projetos, mas “deliberar sobre sugestão recebida da comissão de estudos de reformas estatutárias dos seguintes projetos.”

Percebe-se aqui que não serão deliberados os projetos, mas uma sugestão de uma tal comissão de estudos de reforma estatutária. E aqui começam os problemas. O que é esta tal comissão? Amigos, inicia-se aqui mais uma sórdida manobra do Sr. José Ângelo Vergamini.

Não existe no Conselho Deliberativo nenhuma comissão formal, eleita pelos atuais membros do CD especificamente para este fim. Na verdade, na gestão do Prof. Belluzzo, foi criada uma comissão de reforma estatutária de forma democrática com alguns membros indicados pela diretoria, outras pelo CD e outros pelo COF. Mas isto foi em outro mandato, com uma outra configuração do Conselho, e que acabou não conseguindo finalizar o projeto. Pior do que isso: vários membros desta comissão pediram afastamento e aí todos foram repostos por indicação sabe-se lá de quem. Nunca discutiram isto nas reuniões do CD, não se sabe quem indicou os novos membros e nem oficialmente foram divulgados quem são estes membros. Agora estão usando esta comissão como manobra para não ser votada a verdadeira proposta de eleição direta que foi protocolada em março por 81 conselheiros.

E quais são os três projetos, e qual é a sugestão da tal comissão? Não se sabe exatamente, pois o edital não anexa os projetos, nem explica qual a sugestão. Mas, conhecendo o modus-operandi da turma que domina hoje a administração do clube, podemos supor algumas coisas:

O primeiro projeto, pleito envolvendo a assembléia de sócios, imagina-se que é o pleito dos 81 conselheiros, a verdadeira reforma que pede a eleição direta, a sugestão protocolada no clube de forma válida pelo estatuto e que é autônoma, ou seja, se o Sr. José Ângelo Vergamini cumprisse suas obrigações de presidente do CD, deveria ser avaliada em separado pelo Conselho e jamais concomitantemente com outras propostas como sugere o edital.

O segundo projeto, criação do comitê gestor para o futebol, embora ninguém tenha visto esta proposta, seria um comitê vitalício e definitivo que controlaria o futebol do clube. Assim, mesmo passando a reforma das eleições diretas, os sócios elegeriam o presidente do clube, mas o futebol continuaria a ser controlado pelos mesmos grupos, de mentalidade tacanha, que são contra a renovação e a democracia.

E surge ainda um terceiro projeto, estudo da reforma do estatuto já concluído pela comissão, visto que há evidentes conflitos entre os dispositivos abordados, razão pela qual os três projetos devem ser apreciados de forma concomitante, acarretando uma reforma quase total do estatuto. Meu Deus! O que será isto? Um novo projeto, feito por uma comissão sem representatividade, que mal sabemos quem seja e que teria conflitos com os projetos anteriores. De novo, imagina-se que é mais uma forma de criar um projeto alternativo de diretas, provavelmente de uma forma menos democrática e menos renovadora que a proposta assinada por 81 conselheiros.

E a sugestão? Lembrem-se que não vamos deliberar a proposta, mas sim a sugestão. Pelo que foi visto no último parágrafo, na descrição do tal 3º. projeto do edital, os três projetos teriam “evidentes conflitos” e “deveriam ser apreciados de forma concomitante”. Assim, fica claro que a sugestão vai ser eliminar a eleição direta da forma como proposta pelos 81 conselheiros e consolidar uma alteração estatutária diferente daquela proposta anteriormente, da forma como os atuais mandatários acham que deva ser, certamente sem democracia e possibilidade de renovação. E mais do que isso, enterrando definitivamente a proposta real de eleição direta. Votada e aprovada a sugestão de união das 3 propostas, da forma como teria sido estabelecido pela tal comissão, ficaria uma proposta única de reforma estatutária, incluindo o comitê gestor, uma diretas “diferente” e sabe-se lá o que mais, e que faltaria apenas a convocação de uma nova reunião, esta sim extraordinária, para aprovação final.

Assim, conclui-se que é mais uma manobra do grupo que levou o Palmeiras à segunda divisão para evitar a democracia e a renovação no clube. Até quando estas pessoas vão ficar trabalhando contra a modernidade no Palmeiras? Até quando nós, conselheiros, sócios e torcedores vamos aceitar isso? Precisamos nos mobilizar, divulgar o modo de ação da Turma da Série B, fazer manifestações, sempre sem violência, mas mostrando que o palmeirense não aceita mais esta forma antidemocrática e ultrapassada de administrar, bloqueando o modernismo em nossa querida Sociedade Esportiva Palmeiras.