Texto retirado do Verdazzo que divido com vocês.
Dois posts abaixo tem a foto do detalhe da camisa.
"Muito buzz na Internet a respeito do primeiro detalhe da nova camisa do Palmeiras, que será lançada na próxima terça-feira, que vazou: a marca d’água com as cinco coroas. Mas o que foram essas cinco coroas, afinal?
Entre 1950 e 1951, não havia time no mundo mais poderoso do que o Palmeiras. Foram cinco títulos, em seqüência, sendo o quinto a maior glória da nossa extensa galeria de troféus: o Campeonato Mundial de Clubes de 1951, reconhecido pela FIFA através de ofício, jamais revogado. Vamos a eles:
A primeira coroa foi a Taça Cidade de São Paulo, conquistada em agosto de 1950. O título veio após uma vitória contra a Portuguesa, por 3×2, e um empate contra o São Paulo, por 2×2, num Pacaembu com mais de 60 mil pessoas – isso sem o tobogã. A Taça Cidade de São Paulo era uma competição promovida pela Prefeitura Municipal, um triangular envolvendo os três melhores times do estadual do ano anterior. À época, havia uma maldição: quem ganhasse a Taça Cidade de São Paulo, não ganhava o Paulista.
Pois o Verdão, ao vencer a segunda coroa, em janeiro de 1951, quebrou a escrita. Num campeonato onde a vitória valia dois pontos, o São Paulo buscava o tricampeonato e tinha três pontos de frente sobre o Palmeiras, a três rodadas do fim. Pensam que só acontece aqui? Lá eles também amarelam, e como. Perderam para o Santos e para o Ypiranga, enquanto o Palmeiras atropelou o XV de Piracicaba e a Portuguesa Santista. Na rodada final, a tabela marcou o confronto justamente entre Palmeiras e São Paulo, e o Verdão já havia revertido a vantagem na tabela, tinha um ponto de frente e jogou pelo empate. E num confronto histórico, que ficou conhecido como o Jogo da Lama, devido às fortes chuvas que caíram sobre a cidade e que transformaram o campo do Pacaembu num lamaçal, o Palmeiras conseguiu o empate por 1×1, com Teixeirinha abrindo o placar para o São Paulo, e Aquiles empatando, no segundo tempo.
Em abril de 1951 veio a terceira coroa: o Torneio Rio-São Paulo, que na época tinha status de campeonato brasileiro, devido à suposta disparidade entre o futebol jogado nos dois maiores centros do país e as outras praças – talvez houvesse um tanto de bairrismo nessa premissa, ajudada pelo enfoque da imprensa à época. Não vem ao caso. O Palmeiras, que nas partidas de classificação chegou a enfiar 7×1 no Flamengo, precisava vencer o Vasco no Maracanã para evitar que o Corinthians conquistasse o título, e assim forçasse uma série de desempate em melhor de três partidas. Goleou: Palmeiras 4×1 Vasco, e lá foram os maiores rivais para a série decisiva. Na primeira, Palmeiras 3×2 Corinthians. E na segunda, Palmeiras 3×1. Campeão, de novo…
E lá veio a Taça Cidade de São Paulo de 1951, a quarta coroa. Reunindo os três melhores do Paulistão, o Palmeiras primeiro triturou o Santos por 6×2, para depois enfrentar na final, outra vez, o São Paulo. E a linha atacante de raça, composta por Lima, Aquiles, Liminha, Jair Rosa Pinto e Rodrigues não se fez de rogada e comandou mais uma vitória e a conquista de mais um título no Pacaembu: Palmeiras 3×2 São Paulo. Era taça que não acabava mais.
A quinta coroa foi o Campeonato Mundial de 1951, a Copa Rio, conquistada em julho daquele ano. O Brasil, com exceção da torcida palmeirense, estava um tanto de mal do futebol. A derrota para o Uruguai na final da Copa de 1950 ainda ecoava na cabeça de milhões de brasileiros, quando tiveram a ideia de promover mais um campeonato mundial – desta vez, de clubes – para, quem sabe, resgatar o orgulho do brasileiro pelo futebol. E foram convidadas as maiores potências do planeta à época, entre elas o Nacional, base da Seleção Uruguaia campeã do Mundo, e a Juventus da Itália.
Na fase de grupos, o Palmeiras atropelou o Olympique de Nice, campeão francês, e o Estrela Vermelha, da Iugoslávia. Numa partida em que Oberdan Cattani caiu em desgraça e falhou várias vezes, o Palmeiras foi goleado pela Juventus por 4×0, ficou em segundo do grupo, tendo que enfrentar o Vasco em duas partidas, pelas semifinais. Ida e volta? Nada. As duas no Maracanã. No primeiro, já com Fabio Crippa como goleiro, vitória do Verdão por 2×1, num jogo em que Aquiles quebrou a perna. No segundo, 0×0, e passaporte garantido para as finais, novamente contra Juventus, em duas partidas no Maracanã. Na primeira, Palmeiras 1×0, gol de Rodrigues. E na segunda, o Palmeiras, após estar em desvantagem por duas vezes, buscou o empate por 2×2, gols de Rodrigues e Liminha, e faturou a Copa Rio, o Campeonato Mundial de Clubes. Nossa quinta coroa.
A nova camisa desenvolvida pela Adidas, a ser usada entre julho de 2010 a julho de 2011, comemora os 60 anos da conquista da maior sequência de títulos de um time brasileiro, as fabulosas cinco coroas. Para ensinar a gambás e bambis. Este time tem História. Aqui é PALMEIRAS!"
Forza Palestra!
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