quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

fala, capitão...


"Eu não quero ser tratado como bandido, mas é isso o que está acontecendo. Já estou há muitos anos no Palmeiras, mas neste domingo (dia 06) vivi uma situação constrangedora. Saímos escondidos tanto no Aeroporto do Rio de Janeiro quanto em São Paulo por receio que acontecesse alguma coisa. Acho que independente de qualquer coisa, nada justifica a agressão física. Somos pais de família, temos caráter acima de tudo. Não perdemos porque queremos. E também não ganhamos o que ganhamos porque queremos. A torcida do Palmeiras apoiou o time durante toda a temporada, mas partir para agressão física é demais para qualquer profissional", disse, destacando a agressão que o atacante Vagner Love sofreu na última semana.



"Aconteceu da gente ter se reunido com torcedores este ano e não acho errado isso, desde que seja de forma saudável. O torcedor sofre para ver o time e merece algum tipo de satisfação. Mas sob nenhuma hipótese posso concordar com agressão. Acho que cobrar, exigir e até xingar é válido, mas não sou bandido para viver escondido ou ter que sair escoltado após um jogo de futebol", completou.


´"Nós realmente vacilamos, mas não foi de propósito. Ninguém queria ganhar esse título mais do que esse grupo. Muitos clubes vacilaram. Mas não pode acontecer essas coisas. É preciso mais união de nós jogadores e até paralisar um campeonato caso as condições não sejam boas na questão da segurança. O futebol precisa ser analisado de outra maneira. Estão falando que será preciso morrer alguém para que alguma atitude seja tomada, mas não pode chegar a esse ponto, como quase aconteceu no jogo do Coritiba (contra o Fluminense). Está ficando cada vez mais complicado, pois daqui a pouco pode acontecer alguma coisa, uma agressão, um tiro, uma facada. Não estou pensando só em mim, mas em toda a classe de atletas. Precisa mudar tudo isso."

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