Agendei meu primeiro período de férias para o início de outubro de 2009. Ia para Recife ver minha amigona Marília e curtir uns dias em Pipa/RN e nas praias de Pernambuco. Tudo lindo, tudo perfeito. As praias de Pernambuco, para mim, são o paraíso na terra. Sem discussão.
Mais perfeição ainda? Eu queria muito ver um jogo nos Aflitos, e para minha alegria imensa, o Palmeiras jogaria lá, contra o Náutico, exatamente no dia seguinte à minha chegada a Recife.
Estávamos há várias rodadas na liderança isolada do Brasileirão, e se ganhássemos do Náutico abriríamos sete pontos sobre o segundo colocado e praticamente colocaríamos os dois pés na Libertadores.
Encontrei parte da comissão técnica e da diretoria no aeroporto. Fiz festa. Contei pro massagista que já tinha sido noiva do Marcos, esclarecendo, óbvio, que tudo faz parte da minha mente muito fértil. Enfim, virei tiete e curti o momento.
Nem me preocupava com o fato de termos arrancado um empate no último jogo, contra o Avaí, no Parque Antartica. Afinal, estávamos perdendo por dois a zero e o Avaí jogou muito (nem lembrei que nós é que não tínhamos jogado nada). Também não me preocupei com o fato de que há vários jogos estávamos apenas jogando para o gasto. Sem muita preocupação ou dedicação.
Pois bem, tomamos uma lavada dentro dos Aflitos. E depois dessa, vieram vários outros tropeços. Tropeços estes que culminaram com a perda do título e, mais dolorida ainda, a perda da Libertadores. Reputo esta como uma perda mais dolorida porque seria a última esperança de salvar uma campanha que havia caminhado por grande parte do torneio tão próxima da perfeição.
Fiquei pouco mais de quinze dias longe de São Paulo, e quando eu voltei a diferença de pontos que separava o Palmeiras do São Paulo, o segundo colocado, que já tinha sido de 5 pontos, agora já não existia. Os papos de que “o Jason havia voltado” e de que o Palmeiras seria o cavalo paraguaio do torneio já haviam abalado as estruturas de nosso elenco jovem e esforçado. E nosso brioso técnico não demonstrava mais a gana de outrora.
Resumindo, saí de férias e a derrocada começou. Na segunda parte desse texto trarei mais uma constatação acerca da influência das minhas ausências na campanha do nosso time.
NÃO PERCAM!
(RS)
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